Discorrendo sobre nossos antepassados trogloditas, diz o autor, que quando levavam um susto ou corriam perigo, a adrenalina acelerava seus batimentos cardíacos, exatamente como hoje ainda acontece com o homem moderno. O sangue fluía para as extremidades, e qualquer sensação de dor, fome ou cansaço desaparecia de imediato. Em segundos, ficavam física e mentalmente preparados para fugir ou lutar pela vida.
De forma bem humorada o autor continua.
… Vejamos algumas reações físicas e mentais que hoje não servem para nada, mas que continuamos experimentando:
. Aumento exagerado dos batimentos cardíacos, antes de uma entrevista de emprego, ou quando somos criticados.
Temos essa reação porque antecipamos uma situação crítica, como aquela que enfrentávamos na savana diante de um desafio.
. Suor frio, antes de uma reunião importante ou de uma competição esportiva.
Essa também é uma reação semelhante a ter de lidar com uma dificuldade iminente, como faziam nossos antepassados.
. Estado de alerta imediato; explosão de raiva; excitação sexual; comer exageradamente.
Assim como nossos ancestrais lutavam muito para conseguir alimento, precisavam comer rápido e a maior quantidade possível; ainda temos a mesma reação hoje, mesmo que não tenhamos mais problemas para conseguir alimento.
Nenhuma dessas reações salvaria nossas vidas atualmente, mas continuamos a experimentá-las, querendo ou não. Essas reações foram impressas a milhares de anos e certamente ainda permanecerão por muitas gerações.
O grande desafio é conhecer melhor nossos instintos para, quando possível, usá-los a nosso favor.
O autor menciona a afirmação de Kahneman: “Coragem – é uma disposição para correr riscos, desde que se conheçam as probabilidades de sucesso”. Excesso de confiança significa irresponsabilidade, não coragem.
Nossa personalidade teve influência em tudo que conquistamos, e continuará tendo no que esperamos conseguir.
A genética não determina o que seremos, já que influências ambientais podem mudar a expressão dos genes. Todo comportamento tem um componente genético, mas sua manifestação depende de fatores ambientais.
O ser humano desenvolve cerca de 50% de sua capacidade de aprender nos primeiros sete anos de vida e outros 30% antes de completar 15 anos.
O que mais aprendermos na vida será baseado nesse alicerce e todo aprendizado posterior crescerá a partir desse núcleo. A base está formada e o importante é o que fazer daí para frente.
A estrutura da personalidade é relativamente estável em adultos saudáveis (não muda).
O que é possível mudar é o acabamento.
O autor fala brilhantemente sobre este tópico: estrutura versus acabamento.
Da mesma forma, na sequência, o autor fala sobre os três grandes sistemas de linguagem neurológica pelos quais ocorre o processamento cerebral: o modelo visual, o modelo auditivo e o modelo sinestésico.
Depois, aborda as inteligências múltiplas e a Janela de Johari para interpretar outros aspectos da personalidade.
Conheça-se!
Aceite-se!
Aja, trace metas para as mudanças necessárias e cumpra-as.
Descubra seus talentos e aperfeiçoe-os.
“Concentre-se naquilo que você tem e não no que não tem”.
Acabou a era do generalista; aquele que sabe de tudo um pouco e não sabe muito sobre nada.
Concentre-se onde você é melhor, aprimore as áreas em que é naturalmente talentoso.
É a pessoa certa no lugar certo.
Com esforço e dedicação a carreira evolui.
Um grande talento, com grande esforço em treinamento e em repetição, atinge a excelência!
Por Dalva Helvig Nikolak
Fonte: livro Vencer é ser você, de Eduardo Ferraz, Editora Gente, 2012