Meu coração é um armário, repleto de gavetinhas; são abertas, não tem chave;
eu as joguei fora?
Cada gavetinha é um departamento, onde tenho meus guardados.
Guardo as lembranças,
Guardo as alegrias,
Guardo as saudades,
Guardo algumas tristezas e decepções,
Guardo esperança e muitos, muitos sonhos,
Guardo cada um e todos os meus amores.
Cada gaveta, é estranho, deixa ainda um espaço infinito a ser preenchido, realmente, me desafia a criar e guardar, mais e mais.
Assim, meu coração vai se enriquecendo e enchendo meus olhos.
Lágrimas, guardo algumas, que poderiam facilmente escapar pelas frestas, mas, como estão misturadas, as de alegrias com as de tristezas, então, que fazer?
Transformar, e …
… continuar guardando, guardando …
por Dalva Helvig Nikolak