No ano que passou, como um raio de sol, ou como o próprio Sol, você chegou, meu filho.
Trouxe alegria infinita para o meu dia.
Junto contigo, trouxe sua pequena flor – Isabella Rose – que perfumou o jardim da minha vida.
A estadia de vocês aqui no Brasil foi a realização de um sonho, tão sonhado que você não conseguiria imaginar.
Como se diz: precisa me beliscar, para eu acordar.
E quem disse que eu quero acordar?
Há sonhos, dos quais, não só queremos que a lembrança permaneça registrada indefinidamente, como também, não queremos acordar. Acordar, pode significar voltar a uma realidade que não desejamos. Mas, não neste caso, acordar é revê-los e senti-los neste momento, no aqui e agora. Amá-los em “carne e osso”.
Todos os dias que estiveram aqui comigo, foi um presente dos Céus. Acordar todas as manhãs e receber a Isabella em meus braços e ficarmos agarradas e sem preocupação com o “tempo”, são imagens e sentimentos que vão e voltam na lembrança, suspiram meu peito e enchem minha alma de gratidão.
Seu sorriso despreocupado, meu filho, todos os dias ao chegar à mesa do café da manhã , igualmente me faz repetir os sentimentos.
Como no ditado popular: “Não há bem que sempre dure, nem mau que nunca acabe”, você, vocês, tiveram que partir. Partir para um outro país, bem longe daqui, para mim que sou mãe e avó, essa distância equivale a um outro planeta.
Ainda bem que temos a Internet e o abençoado Skype, nosso meio de comunicação.
O tempo passou ultra rápido. Chegou o danado do dia “D”, de despedida.
Aliás, mais uma.
Houveram outras, como eu conto no meu livro (a ser editado).
Essa de agora foi diferente, Graças a Deus.
Como das outras vezes, orei aos seus Guias Espirituais e entreguei-os nas Suas mãos, para que os conduzissem sãos e salvos para sua casa, lá bem longe.
Fiquei tranqüila. Surpreendentemente tranquila.
Foram embora, levaram o Sol e deixaram um clima londrino em meu coração.
Poucas lágrimas.
Sorriso havia em minh’alma porque, desta vez, eu pude reconhecer o quanto foi maravilhoso a chegada e o durante. A partida era uma conseqüência inevitável, porém, não seria a última, porque há a certeza de novas chegadas.
No meu livro (a ser editado) comento o trabalho que venho fazendo na área do desapego. Acho que estou indo bem.
Quanto as despedidas, sei que devo aprender muito sobre elas, sobre perda, encontros e desencontros.
Quantas mais haverão até que tenha alcançado essa missão? Não sei! Tudo bem! Aceitei o desafio e confio que o Cósmico estará comigo me embalando em todos os momentos e tentarei tropeçar menos na vida.
Meus dois amores, estou cheia de saudades do seu sorriso, meu filho, e do seu abraço forte e amoroso, Isabella Rose.
Porém, quanta gratidão!!!
por Dalva Helvig Nikolak