Vamos considerar que todas as pessoas desejam conhecer a verdade.
Qual verdade?
A verdade de conhecer a si mesmo.
Há quem diga que é simples.
Pois conhecer a si mesmo é conhecer a Deus.
Tudo é energia.
A alma é um acúmulo de unidades de energia. Ela possui seu livre-arbítrio e quando o corpo a deixa, se individualiza, até o momento em que toma a sua decisão cármica sobre a nova forma em que se alojará. Chamamos essa nova morada de reencarnação, que chamamos de vida após a morte e de vida antes do nascimento.
Esteja em um local confortável e quieto.
Pouca luz ou penumbra, se desejar.
Certifique-se de não ser interrompido(a).
Música suave, relaxante, em volume baixo.
Acomode-se em uma poltrona, ou outro móvel que prefira.
Inicialmente, leia todo o texto para depois você ter condição de executá-lo. Vá guardando os passos na memória, não seja rígido(a), não tem problema se esquecer ou saltar alguma coisa, lembre, ter a intenção já é suficiente.
Por favor, feche os olhos.
Vou pedir que você pense, imagine um rio, ou uma lagoa, ou até uma piscina, de água rasa, água límpida que até parece irreal, mas é real.
Quero que você imagine, ou lembre, que essa água é morna, convidativa (como naqueles rios de água termais).
Você, vagarosamente, porém decidido(a), se encaminha em direção a essas águas.
Passos pequenos, em direção a água convidativa.
Isso mesmo, vá.
Chegue até a borda e desça de encontro a água morna; parece deliciosa.
Pense, imagine que está imergindo e sentindo um delicioso prazer ao ser tocado(a) por essa carícia, quase indescritível.
Sinta que sob os seus pés, há pedras pequenas e redondas que também os acariciam.
A água possui uma densidade a qual você não está habituado(a), porém, ela te sustenta e você não afunda, mesmo que assim queira.
Está um pouco escuro neste lugar.
Mas você é prevenido(a) e levou consigo uma vela, e também fósforos ou isqueiro.
Agora, com o pensamento, você acende a vela.
Perto de onde você está, há um pequeno pedaço de terra e é onde você fixa a vela; pingue um pouco de cera derretida nesse chão e fixe a vela.
Olhe para cima da sua cabeça.
O céu está muito claro, a lua está muito iluminada e parece que passeia por aquele tapete de céu. O céu é real. A lua é bem verdadeira. É bem como eu me lembro, você pensa.
Volte sua atenção para a vela acesa.
Com o pensamento, olhe a chama tremeluzente; mantenha por um instante.
Agora, perceba que um túnel se abre em sua mente. Ele vai crescendo, parece com uma caverna com espaço livre, sem qualquer obstáculo.
É pensamento; parece físico.
Agora a chama da vela, lentamente, se fundiu no espaço da sua mente.
Parece que a chama e você são a mesma coisa, são uma coisa só.
Seu corpo deixou de ter importância, seus braços, pernas, todo seu corpo parece já não ter forma física, está descansando tranquilo, seguro.
O espaço e sua mente são um só.
Agora, você flui para o espaço, sinta que flui para fora, o corpo descansando e você subindo, subindo.
Seu corpo permanece na água morna e deliciosa, descansando, você também percebe isto. É real, você pode sentir.
Seu espírito, sua mente sua alma, ou qualquer nome que queira dar, vai subindo para o espaço, cada vez mais alto.
Você lembra que pairou acima do rio, da lagoa, ou da piscina, conforme a escolha do local que fez antes.
Você está voando?
Não, é mais suave que isso. Você flutua.
Você flutua cada vez mais alto.
Se quiser, aproveite e olhe para baixo e contemple a paisagem; reconheça tudo aquilo que há, aquilo que você já viu antes nesse local.
Leve sua atenção para você, agora.
É com grata surpresa que você vê que o seu corpo está preso a um CORDÃO DE PRATA e que o seu corpo ainda está na água morna e deliciosa.
Você está bem consciente, bem acordado, como dizemos.
Eu penso que está bom assim, não preciso ir mais longe.
Antes de voltar, olho para o meu CORDÃO DE PRATA, ligado ao meu corpo, ele faísca no ar, está “aceso”, ele brilha, parece vivo (e está) e em movimento, como uma luz líquida a correr, registro em minha mente outras observações. O comprimento parece e é ilimitado. Ele é elástico, é flexível, mas sempre preso ao meu corpo.
Minha visão, eu percebo, provém de alguma espécie de olho espiritual. Não é o mesmo que ver com os olhos físicos.
Conscientemente, páro o meu vôo no espaço.
De onde estou, posso perceber a curvatura da Terra e a escuridão do outro lado do globo.
Vejo a Terra de cima e sinto um imenso amor por esse lugar que é o meu lar.
Ao pensar nisto, vejo como se fossem faíscas, ou como cometinhas totalmente iluminados, descerem em direção a Terra, em direção ao meu lar. É uma bênção! São muitos, é uma chuva de cometinhas iluminados, meu coração se enche de júbilo e eu agradeço por estar ali, aqui, neste momento, participando deste milagre.
Deus, os Céus, está abençoando o meu lar, a minha Terra.
Eu sinto que há em mim duas formas. A forma do corpo lá embaixo e a forma do espírito que se eleva.
Eu estou em dois lugares ao mesmo tempo. Aceito isso, integralmente.
Agora, eu penso no meu corpo.
Lentamente vou descendo, vou me orientando de volta ao meu corpo.
Suavemente através do espaço, vou flutuando de volta à Terra, à terra firme.
É suave, porém é rápido como o pensamento.
Num contato bem suave, eu me fundo com o meu corpo.
Meu corpo é confortável e é bem familiar.
Sinto-me contente por estar de volta, no aqui e agora.
Eu sei, que vou querer sair novamente.
Pronto. Abra os olhos.
Espero que com este exercício, possa começar (ou continuar) a sentir um pouco da felicidade e paz interior que estão bem lá no fundo de você e estão esperando para serem aproveitadas.
por Dalva Helvig Nikolak